Sustentabilidade em saúde e o porquê das operadoras gastarem mais do que recebem
Não é de hoje que a previsibilidade de gastos para o setor da saúde suplementar é alarmante. Algumas operadoras têm buscado, já há algum tempo, estratégias para “fechar a torneira” frente aos excessos e desperdícios em saúde.
Aumento da idade populacional, do custo das tecnologias em saúde e suas distribuições no mercado, medicina ainda centrada na doença, acesso a maiores informações e consequentemente elevação das exigências do consumidor quanto à sua condição de saúde.
Esses são alguns dos fatores que contribuem, a cada ano, com a crescente dos custos em saúde no Brasil.
Porém, ainda há o senso comum de que as operadoras atuam na função de ampliação de lucros, forçando a negativa de tratamentos e procedimentos. Ideia que diverge da realidade, pois quem vivencia a área diariamente sabe, e muito bem, que a manutenção de receita das OPS é o que possibilita maior acesso à saúde para a população brasileira.
Reforça-se que, hoje, o setor de saúde suplementar conta com um número de mais de 50,5 milhões de beneficiários (dados da ANS, abril/2023).
Imagine-se em um panorama de redução do acesso das pessoas a seus planos de saúde. Para qual âmbito recorreria a sobrecarga?
As operadoras não favorecem somente aos seus beneficiários, mas também o acesso daqueles que estão aguardando por atendimento no Sistema Único de Saúde (SUS) em quaisquer dos níveis de complexidade.
Há ainda muito a ser trabalhado na sensibilização de cada player que faz parte do contexto da Saúde Suplementar no que diz respeito à busca de uma saúde mais sustentável.
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Fernanda Ribeiro Paloschi é enfermeira na AdviceHealth