Saúde suplementar e os desafios do presente e do futuro

Saúde suplementar e os desafios do presente e do futuro

Palestra de Andréa Bergamini abordou o tema no I Congresso Internacional da Abea

“Em um cenário complexo e em constante transformação como é o da saúde suplementar,  os desafios são muitos. O que precisamos é de ideias, de troca de informações e espaços para debatermos e falarmos abertamente sobre as melhorias possíveis para o setor”. A fala é da vice-presidente da AdviceHealth, Andréa Bergamini. Ela participou, em 03 de junho, do I Congresso Internacional de Auditoria e Gestão de Produtos para Saúde OPME-DMI.

Aprimoramento técnico-científico

O encontro foi promovido pela Associação Brasileira de Enfermeiros Auditores (ABEA). E reuniu, em Fortaleza e à distância, especialistas em torno de temas como: transformação digital, segurança de dados, possíveis avanços e novas tecnologias. 

“O que vivemos neste primeiro congresso internacional da ABEA foi um grande evento. O encontro abordou temas muito relevantes à saúde. Além disso, promoveu atualização e aprimoramento técnico e científico, muito relevante para os profissionais atuantes da  área da saúde. Tanto que já confirmamos presença no próximo encontro, que acontece em setembro. A expectativa é continuar trocando o que há de mais importante que é conhecimento. Tudo em nome de uma saúde suplementar mais segura e efetiva para os brasileiros”, completa Andréa. Ela também é fundadora da EduHealth, que qualifica continuamente milhares de profissionais da saúde.

Sustentabilidade e humanização

“Entendo que temos conseguido avançar na forma de proporcionar atendimento às pessoas. Estamos construindo um caminho muito interessante para mostrar às empresas e aos brasileiros, que é possível fazer uma gestão economicamente sustentável nas operadoras de saúde. Além de priorizar o contexto de segurança e humanização que a área da saúde precisa.

O próximo evento internacional da ABEA acontece de 6 a 9 de setembro. Nesta data acontecerá também o III Congresso Latino-Americano de Auditoria em Saúde e VI Congresso Brasileiro de Auditoria em Saúde. Outras informações pelo www.abeabrasil.com.br.

Sobre a AdviceHealth: Aliando soluções de saúde e tecnologia, a healthtech sediada em Florianópolis atua junto a operadoras de saúde de todo o Brasil. Entre os serviços oferecidos estão auditoria especializada de procedimentos, resolução de divergências médicas/odontológicas, consensos de condutas, negociações de dispositivos médicos, entre  outros. Com este trabalho, a AdviceHealth já impactou mais de 36 milhões de vidas. E ajudou operadoras a evitarem gastos de mais de R$ 1 bilhão, que seriam investidos em procedimentos inadequados. Saiba mais no site AdviceHealth.

 
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  • A pandemia de Covid-19 gerou um aumento significativo na preocupação dos brasileiros em relação ao acesso e à qualidade do atendimento médico. De acordo com a Pesquisa Anab de Planos de Saúde (2021), encomendada pela Associação Nacional das Administradoras de Benefícios (ANAB), 81% dos brasileiros se sentem mais apreensivos quanto à falta de acesso a tratamentos médicos após a crise sanitária. Esse cenário resultou em um crescimento expressivo no número de beneficiários de planos de saúde. Dados da ANS revelam que 26% da população brasileira é atendida pela Saúde Suplementar, que atualmente conta com 679 operadoras e atende 50,4 milhões de pessoas. Porém, à medida que cresce a demanda, surgem também desafios relacionados ao desperdício de recursos, um problema que compromete a eficiência do sistema e, consequentemente, a qualidade do atendimento aos pacientes. Crise na Saúde Suplementar Os desperdícios na Saúde Suplementar podem ser definidos como a alocação ineficiente de recursos, o que resulta em custos desnecessários. Isso inclui práticas como a realização excessiva de exames, tratamentos inadequados e fraudes. Em 2020, o setor de saúde registrou um prejuízo de R$22,5 bilhões, segundo o Instituto Ética Saúde. As causas deste desperdício são diversas e incluem a falta de regulamentação, falhas estruturais e operacionais, e práticas ineficientes. Estudo do Journal of the American Medical Association, em parceria com a ANS e a OCDE, revelou que o Brasil perde mais de R$300 bilhões anualmente com desperdícios no setor de saúde, representando cerca de 40% dos custos totais. No cenário global, o desperdício de recursos em saúde supera US$3,5 trilhões anualmente. Estudos confirmam a magnitude desse problema. Um levantamento da Waste in the US Health Care System – Journal of the American Medical Association, ANS, IBGE e OCDE – aponta que mais de R$300 bilhões são desperdiçados anualmente no Brasil com a saúde, representando cerca de 40% dos custos totais desse setor. Globalmente, o desperdício em saúde supera os 3,5 trilhões de dólares por ano. Nos Estados Unidos, esse valor chega a US$1 trilhão. Alguns exemplos de desperdícios incluem: 25% a 65% dos exames e procedimentos realizados são desnecessários 80% a 90% dos resultados de exames são normais 20% a 30% dos exames solicitados não são retirados 40% a 50% das consultas médicas são desnecessárias 55% das emergências hospitalares não são urgentes 70% das doenças são relacionadas ao estilo de vida das pessoas Fonte: Instituto Ética Saúde (2021) / Observatório ANAHP (2019) Além disso, é importante destacar que a  aquisição de OPME (Órteses, Próteses e Materiais Especiais) representa mais de 30% dos custos assistenciais das operadoras de saúde no Brasil, segundo dados do Instituto de Estudos em Saúde Suplementar (IESS). A variação de preços dos Dispositivos Médicos Implantáveis (DMIs) entre regiões e fornecedores é significativa, o que torna crucial uma análise detalhada na escolha dos materiais e na negociação com fornecedores. Além disso, adotar boas práticas de controle e autorização de OPME faz toda a diferença no fechamento das contas. Alguns fatores que contribuem para esse cenário incluem: a baixa concorrência entre fabricantes, a alta tecnologia dos materiais, a exclusividade de distribuição para alguns fornecedores, o monopólio de mercado, a inclusão de novos procedimentos no Rol de Procedimentos da ANS e as discrepâncias de preços entre produtos equivalentes. Sustentabilidade do Setor Diante deste cenário, surge a necessidade de criar mecanismos que visam mitigar os desperdícios e promover a sustentabilidade do setor, sem comprometer a qualidade do atendimento aos beneficiários, especialmente para as operadoras de saúde.  Os desperdícios podem causar atrasos em procedimentos, aumento de custos, comprometimento da qualidade do tratamento (como o uso de materiais inadequados), erros clínicos, ineficiência operacional e redução da confiança no sistema de saúde. Além disso, afetam o planejamento individualizado dos tratamentos. Para atenuar esses problemas, é fundamental melhorar o controle de estoques, investir em treinamento de profissionais e utilizar tecnologia para otimizar processos logísticos e de compras. Diante do cenário de desperdício de recursos e desafios estruturais apresentados ao longo deste artigo, é fundamental que as operadoras de saúde adotem soluções inovadoras para garantir a eficiência do sistema e a qualidade no atendimento aos pacientes.  A AdviceHealth, ciente dos desafios complexos que as operadoras de saúde enfrentam, e com 13 anos de experiência ajudando a resolver estes desafios,  desenvolveu a plataforma Buymed 2.0, uma ferramenta estratégica que auxilia as operadoras de saúde na negociação e aquisição de OPME de forma mais eficiente e transparente. O Buymed 2.0 oferece acesso a uma rede de mais de 2 mil fornecedores qualificados, permitindo negociações diretas e personalizadas de preços de OPME. Além disso, a plataforma possibilita  auditoria pós-procedimentos e proporciona maior controle e agilidade nos processos. A implementação de soluções como a Buymed 2.0 é essencial para combater o desperdício de recursos e promover a eficiência no setor de Saúde Suplementar. Ao adotar práticas mais inteligentes e tecnológicas, as operadoras não apenas reduzem custos, mas também melhoram a qualidade do atendimento, assegurando a sustentabilidade do sistema de saúde para o futuro.

  • Mais de 30% dos custos de uma operadora de saúde estão relacionados à compra de Órteses, Próteses e Materiais Especiais (OPMEs), é o que aponta o Instituto de Estudos em Saúde Suplementar (IESS).  Diversos fatores contribuem para esse cenário, como a limitada concorrência entre os fabricantes, a sofisticação tecnológica dos materiais, a exclusividade de distribuição por parte de alguns fornecedores, o monopólio de mercado, a inclusão de novos procedimentos no Rol da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e as disparidades nos preços entre produtos equivalentes. Esse cenário complexo tem levado as operadoras de saúde a buscar soluções que otimizem os processos de aquisição e negociação de OPMEs, a fim de reduzir custos e melhorar a eficiência. É nesse contexto que a AdviceHealth se destaca com o lançamento do Buymed 2.0, uma plataforma inovadora que promete transformar o mercado de OPMEs. A nova solução, que foi apresentada no stand da healthtech durante o 27º Congresso Internacional Unidas, visa integrar operadoras de saúde a uma rede nacional de fornecedores qualificados, resolvendo uma das maiores dificuldades enfrentadas pelas empresas do setor. Desenvolvida com base nas demandas dos próprios clientes da AdviceHealth, a plataforma oferece uma gestão integrada de ponta a ponta, com preços mais competitivos e a possibilidade de acompanhar o histórico de negociações, além de gerenciar múltiplas compras simultaneamente. Este lançamento está alinhado com o compromisso da AdviceHealth de promover a sustentabilidade do setor de saúde suplementar, ao reduzir desperdícios e melhorar a eficiência operacional das operadoras. O evento, que ocorreu de 27 a 29 de novembro em Florianópolis, reuniu mais de 2,5 mil participantes, incluindo instituições filiadas e não filiadas, prestadores de serviços e empresas do setor de saúde suplementar, para debater temas cruciais para o futuro da saúde. “Apresentar o Buymed 2.0 no Congresso Unidas é um dos grandes marcos da AdviceHealth, pois este evento reúne os maiores especialistas do setor, oferecendo uma oportunidade única para debater sobre inovação, sustentabilidade e as questões mais urgentes do mercado. Ao lançar nossa solução em um contexto tão relevante, reforçamos nosso compromisso em apoiar as operadoras de saúde na superação de desafios complexos. A interação direta com líderes do setor é fundamental para garantir que o Buymed 2.0 não apenas atenda às necessidades reais das operadoras, mas também impulsione a transformação digital e contribua para um futuro mais sustentável e eficiente para a saúde suplementar como um todo”, destaca a diretora técnica comercial da AdviceHealth Andréa Bergamini. O evento contou com mais de 70 palestrantes nacionais e internacionais, com o objetivo de estimular os congressistas a promoverem iniciativas que contribuam para o crescimento sustentável do setor. Além disso, mais de 70 espaços estivam disponíveis para empresas e startups interessadas em fazer networking e apresentar suas soluções inovadoras.  Com um histórico de mais de uma década de atuação, a AdviceHealth tem se consolidado como um líder no desenvolvimento de soluções para as operadoras de saúde. A empresa tem como missão não apenas oferecer conhecimento técnico especializado e tecnologia de ponta, mas também promover a sustentabilidade das operadoras, ajudando-as a reduzir os desperdícios e melhorar a eficiência operacional, garantindo um futuro mais sustentável para o setor. Confira algumas imagens do evento

  • O gerenciamento eficiente das Órteses, Próteses e Materiais Especiais (OPME) é fundamental para garantir que os pacientes recebam o melhor tratamento. Se você está começando a se familiarizar com esse tema, pode parecer um campo repleto de desafios e complexidades. No entanto, compreender os aspectos fundamentais da aquisição e negociação de OPME é essencial para otimizar processos, otimizar custos e melhorar a qualidade dos cuidados oferecidos. Neste guia, vamos explorar os conceitos básicos envolvidos na aquisição de OPME, legislações e explicar um panorama geral do mercado.  Custos assistenciais  Antes de se aprofundar no tema, é importante entender o conceito dos custos assistenciais e como eles impactam na negociação de OPME. Os custos assistenciais representam todos os gastos relacionados aos cuidados prestados aos beneficiários dos planos de saúde, seja na prevenção, no diagnóstico, no tratamento ou na reabilitação, e eles se distinguem entre: Custos assistenciais diretos: honorários médicos; internações; consultas ambulatoriais; exames e procedimentos; medicamentos e OPMEs.  Custos administrativos indiretos: gestão dos beneficiários; gestão de rede de prestadores; tecnologia de informação; Compliance e regulação.  Conceito  As Órteses, Próteses e Materiais Especiais são insumos utilizados na assistência à saúde e relacionados a uma intervenção médica, odontológica ou de reabilitação, diagnóstica ou terapêutica. Há diversos tipos de produtos para saúde que podem ser utilizados na assistência prestada aos beneficiários, sendo assim, é imprescindível que a diferença técnica e de finalidade entre eles seja clara a todos os envolvidos no processo de aquisição de OPMEs. Confira: Medical Device: dispositivo médico é qualquer aparelho, equipamento, implante, dispositivo médico para diagnóstico in vitro, software, material ou outro artigo, destinado pelo fabricante a ser usado, isolado ou conjuntamente, em seres humanos, para propósitos médicos específicos, e cuja principal ação pretendida não seja alcançada por meios farmacológicos, imunológicos ou metabólicos no corpo humano.” Órtese: peça ou aparelho de correção ou complementação de membros ou órgãos do corpo. Também definida como qualquer material permanente ou transitório que auxilie as funções de um membro, órgão ou tecido, sendo não ligados ao ato cirúrgico os materiais cuja colocação ou remoção não requeiram a realização de ato cirúrgico (Resolução Normativa da ANS – RN nº 338, de 21 de outubro de 2013, publicada na seção 1, do DOU de 22 de outubro de 2013).   Prótese: peça ou aparelho de substituição dos membros ou órgãos do corpo. Compreende qualquer material permanente ou transitório que substitua total ou parcialmente um membro, órgão ou tecido (Resolução Normativa da ANS – RN nº 338, de 21 de outubro de 2013, publicada na seção 1, do DOU de 22 de outubro de 2013).  Materiais especiais: quaisquer materiais ou dispositivos de uso individual que auxiliam em procedimento diagnóstico ou terapêutico e que não se enquadram nas especificações de órteses ou próteses, implantáveis ou não, podendo ou não sofrer reprocessamento, conforme regras determinadas pela Anvisa.  Materiais de consumo: todo material que, em razão de sua utilização, perde normalmente sua identidade ou característica física ou tem sua utilização limitada em dois anos de validade.Fonte: Manual de Boas Práticas em Gestão de OPMEs do Ministério da Saúde.  A distinção entre os produtos é essencial para uma melhor gestão do processo de aquisição de OPMEs e assertividade nas análises prévias, além disso, poderá auxiliar operadoras e prestadores de saúde no momento de negociar seus contratos. Mercado de OPME Depois de compreender os conceitos mais gerais da área, vamos abordar brevemente como funciona o mercado de OPME e como esses insights podem contribuir para uma gestão eficiente destes itens.  A Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Anvisa, tem um papel fundamental na regulamentação e fiscalização de produtos e serviços que possam afetar a saúde, incluindo as OPMEs. Além disso, a ANVISA atua em políticas de saúde pública e em processos de aprovação e monitoração de novos produtos no mercado.  Conforme estudo realizado, até o mês de Agosto/2024 já haviam mais de 93 mil registros ANVISA de produtos para saúde registrados e vigentes. Essa diversidade de materiais aumenta os desafios na escolha e na aplicação clínica. Por isso, é muito importante que o negociador de OPME entenda as especificidades desse mercado.  O processo manual de negociação e aquisição de OPMEs demanda muito tempo dos profissionais envolvidos. Ter acesso a uma lista abrangente de fornecedores e fabricantes desses itens pode otimizar significativamente esse processo. A AdviceHealth apresenta o Buymed 2.0 como solução para operadoras de saúde. Esta plataforma especializada torna a cotação, negociação e autorização de OPMEs muito mais eficiente e simplificada. Players do mercado São muitos os agentes envolvidos neste processo de aquisição e negociação de OPME, abaixo destacamos os principais:Beneficiários: pessoa física, que possui direitos e deveres em contrato assinado com a operadora para assistência médico-hospitalar e/ou odontológica, também denominado paciente.  Profissional assistente: é o profissional de saúde (médico ou cirurgião-dentista) prescritor responsável diretamente pelo cuidado e tratamento de um paciente durante sua hospitalização ou atendimento clínico. É o responsável por emitir a guia do procedimento e solicitar as OPMEs, neste caso.  Prestadores de serviços: é a rede credenciada dos beneficiários. São os estabelecimentos de saúde (hospitais e laboratórios) e profissionais de saúde (médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, psicólogos etc).  Fabricante: é a empresa que efetivamente produz o produto, ou seja, fabrica as órteses, próteses ou materiais especiais. Fornecedores: são as empresas responsáveis pelo fornecimento de materiais, equipamentos médicos e medicamentos ofertados diretamente para os prestadores de serviço ou, em alguns casos, diretamente às operadoras para fornecimento aos beneficiários.  Além destes players, há também as agências, conselhos, associações e órgãos públicos responsáveis por fiscalizar e regulamentar este setor para evitar fraudes, definir políticas públicas e diretrizes, como também, contribuir para o desenvolvimento das ações de saúde no país. Qualificação de fornecedores de OPME Encontrar fornecedores confiáveis que ofereçam produtos de qualidade e cumpram as regulamentações pode ser uma tarefa desafiadora. A falta de informações claras sobre a reputação e a experiência dos fornecedores pode comprometer a negociação e a segurança dos pacientes. Abaixo, estão algumas dicas que podem te auxiliar nesse processo: Certificações: Garantir conformidade com regulamentações conforme ANVISA e demais órgãos públicos como, prefeituras municipais …

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